domingo, 27 de maio de 2012

Os empresários estão sustentando os pobres

Nestes últimos 40 anos, um tabu tem sido propagado, de que os empresários são opressores dos pobres.

Vamos colocar as coisas claras. As leis, os TRTs (Tribunais do Trabalho), a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), os Sindicatos e até os Comitês de Direitos Humanos, tem aliviado sobremaneira os trabalhadores da opressão dos patrões, geralmente os empresários. Qualquer trabalhador, mesmo o mais incompetente e preguiçoso, pode interpor ação contra o seu patrão. e ganhar. A razão está no discurso e nas reformas introduzidas pelo partidos populares dos trabalhadores. E um dos mais perniciosos e radicais é o PT (Partido dos Trabalhadores).

A consequência, que não será discutida aqui, é a morosidade e os péssimos serviços que nestão sendo oferecidos à população.

Os programas governamentais

Para agradar o povo, que troca seu voto por uma dentadura, um par de sapato ou uma cesta básica, o Partido dos Trabalhadores, na figura de presidentes, governadores e prefeitos, cria programas de Vales, Bolsas e Auxílios. Estes programas, para existirem, carecem da captação esfaimada e predatória de recursos. E estes recursos vem dos empresários.

Mas tem reacionários que vem com a frase feita:

Empresário é o que mais sonega imposto.

Não. vamos colocar a verdade. Tirando a Lavagem de Dinheiro e os recibos falsos, os empresários contribuem em muito para o "bolo" de imposto que o brasileiro paga. Mesmo a compra de recibos falsos implica em pelo menos de 10 a 50 % para a instituição beneficiada, senão ela nem faria o negócio.

A proporcionalidade dos impostos

Os mais ricos, mesmo partindo do princípio de "mais sonegadores", pela sua ambição e cupidez, querem usufruir do melhor e, nesta prática, compram os bens de consumo mais caros, desde o pão integral até a Ferrari. E quanto mais caro o bem, mais alto o imposto, principalmente no caso dos importados. A lógica destes é não pagar imposto naquilo que é "insignificante", corriqueiro, como os impostos devidos à sua própria atividade profissional ou empresarial. Mas para ele, o imposto do bem de consumo que o distingue dos demais mortais nunca é alto.

E esta lógica, em termos sociais é justos não é uma aberração, e sim lógica. O produto comum, do dia a dia, para sobrevivência e lazer normais, não precisa de altas taxas. Deve ser taxado aquele que realmente diferencia seu consumidor dos demais.

O pensamento corrente

Quem já não ouviu algo como:

Olhá só o carrão que aquele ali tem ! Deve tá roubando muito.

Em primeiro lugar, esta é uma expressão muito simplista. Mesmo que o dono do carrão estiver roubando, o imposto que ele pagou é TOTALMENTE LEGAL. O imposto não segue o princípio de receptação. Mesmo o traficante, ao comprar o seu carro, paga um imposto totalmente legal, senão todo o capital usado em pagamento teria que ser investigado. As vendas passariam a levar em conta a investigação de toda a vida pregressa do comprador, o que é ilegal. Na venda só está em questão a troca do bem de consumo por capital.

Por consequência, a fase popular citada é totalmente burra. Se você é beneficiário de programa do governo, não olhe o carrão, mas o imposto, e diga:

Ainda bem que alguém paga o imposto que me sustenta. 

A criminalidade e os guetos dos ricos

Então, se fazendo valer do tabu de que os ricos são os opressores, os Partidos Comunistas e dos Trabalhadores declararam guerra aos ricos e poderosos. Poder oriundo das famílias tradicionais que realmente construíram este país. Ora, pense, ALGUÉM tinha que construir este país. E na atualidade, ALGUÉM está mantendo o país em pé e funcionando. E os pobres, apoiados por esta filosofia enganosa e criminosa, sentiram que havia espaço para criar seu negócio: o tráfico de drogas e as quadrilhas de assaltos e roubos para retroalimentar o tráfico.

Consequência, ricos se refugiando em seus bairros bem construídos e bem vigiados. Em outras palavras, os ricos moram em GUETOS. O estado, em sua absoluta incapacidade de promover segurança e educação, porque se apóia no tabu do rico opressor e do trabalhador injustiçado, EMPURROU ricos e um pouco menos ricos para a prisão de seus domicílios

Quem está atrás de cultura ? O homem comum está atrás é de prazer, e de prazer na hora e sem demora. Ninguém está querendo trabalhar pelo seu lazer. Se o governo puder dar LAZER na hora, o povo assim o quer. E onde fica o TRABALHO. O trabalho fica para trás. Deixou de ser um meio para o lazer, e se transformou em uma obrigação dolorosa, pelas orientações erradas que os meios de comunicação e os políticos populistas e populares tem propagado. Para comprovar, basta ver os indivíduos que o pobo elege.

E quem se encontra preso ? Principalmente o empresário, o mais abonado, que sustenta, com seus impostos, os pobres que se mantém com os impostos.

A saída

A saída está em uma só resposta: cultura. A verdade é que liberta o ser humano. E a verdade pode ser vislumbrada (não dissemos achada) na cultura, na instrução.

sábado, 19 de maio de 2012

Salário é Renda ?

Remontando as origens do salário, o termo veio de "sal". Os soldados romanos recebiam uma quantidade de sal que era utilizado para a conservação dos alimentos em um tempo em que não existiam as geladeiras.

O excesso, não necessário para esta finalidade era negociado com quem quisesse um pouco do produto, em troca de outros gêneros, numa época em que não existiam muitas opções de lazer.

Significado

No âmago, o salário é uma remuneração percebida pelo empregado em quantidade suficiente para sustentar a si e à sua família. Ora, por sustentar entendemos, em primeiro sentido: impedir a morte no sentido da sobrevivência, ou seja, alimentação e higiene pessoal, pois esta última, quando mal administrada, leva à morte.

O frio e a desproteção também podem levar à doença e à morte, portanto faz-se mister a garantia de uma moradia. Segundo o jurista Maurício Godinho Delgado, o salário ultrapassa este significado feudal: o salário vem do trabalho que tem como finalidade inserir a pessoa no processo produtivo. Portanto, o indivíduo não trabalho só para sustento próprio, pois isto o nivelaria aos animais: trabalhar para comer. Este não é o nosso caso,. pois viemos de uma formação social e ética para construção de civilização, e não de uma platéia que assiste tão somente a vida passar.

Inserção social

Portanto, além da comida, habitação e vestuário, precisamos de interagir socialmente com a família, amigos e colegas de trabalho. Para tal, é preciso sobejar porção de salário que cubra o pagamento de despesas com encontros e auxílio aos necessitados. Também é preciso usufruir dos bens culturais e das inovações tecnológicas da civilização que este indivíduo que está no processo produtivo ajuda a construir, manter e fazer evoluir. Portanto deve sobejar ainda mais uma parte que pague a TV, telefone, computador e outras benesses que a civilização que ele ajudou a construir, oferece.

Injusto seria fazer evoluir a civilização sem que o indivíduo usufruísse dela, verdade característica do ponto de vista científico e social em que nos encontramos nesta "era do Chip" e das Redes Sociais.

Impostos exagerados

Sob esta ótica da inserção social e de civilização, os impostos em excesso, artificialidade de administradores incapazes de desenvolver civilização a partir de investimentos na produção, e de fomentar o consumo dos bens industrializados ao ponto de gerar financiamento da evolução tanto dos processos quanto dos produtos, acabam por quase eliminar a capacidade de consumo do trabalhador.

Além disto, se o imposto acaba por financiar a Inserção Social da Elite em sí própria (banquetes, veículos luxuosos, moradia exagerada, salários absurdos), ele é indevido, e onera o trabalhador que precisa se inserir socialmente.

Como financiar crescimento civilizatório

O Governo Federal se jacta de criar programas de fomento ao crescimento industrial, sustentabilidade e tecnologia. Ele não tem que entrar nesta seara. Ele pode simplesmente tornar lei uma destinação obrigatória de parte do lucro nas vendas da indústria para o desenvolvimento de novas tecnologias, DIMINUINDO DRASTICAMENTE os impostos sobre os produtos industrializados.

O IPI fora da lógica

Quando vamos comprar cabos para redes domésticas ou corporativas, ficamos assustados de saber que as lojas só podem vender os cabos e conectores em separado. Se quisermos, nós mesmos temos que colocar os conectores nas pontas. E por que ? Porque qualquer beneficiamento de um produto (colocar os conectores nas pontas) é considerado processo industrial, e carece de pagamento de imposto. Pelo amor de Deus, isto é simplesmente BRINCAR com o cliente, com o consumidor e com o povo. É justificativa para cobrar imposto de um trabalhador já esmagado por taxas, impostos e cobranças.

Salário é Renda

Então, como conclusão desta abordagem, vemos o salário não como excesso, mas como o suficiente para sobrevivência e construção de civilização. A RENDA é algo que em muito ultrapassa o salário, contemplando muito mais que sobrevivência e coexistência social: investimento. A RENDA é um a mais que torna possível a este trabalhador o financiamento do crescimento da civilização a que pertence.

Nós, os pagadores de impostos, no máximo usufruímos de um período anual de lazer "muito mixo", distante léguas da capacidade de fomentar tecnologia ou crescimento industrial.

Conclusão: Salário de empregado não se constitui em RENDA, mas em sustento, que, no Brasil, não passa de menos do básico.